A jornalista e crítica de moda Lilian Pacce elegeu os cinco melhores desfiles da temporada primavera - verão 2011/12 do Fashion Rio.
1 - British Colony
O estilista Maxime Perelmuter apresenta uma coleção cheia de sedas levíssimas, estampas pop-surfe-chic, alfaiataria renovada e desejo de consumo. Looks brancos com ou sem um toque bege com detalhes de lapela xale aquela de smoking, plissados, elementos da moda festa com tecido transparente, bem sutil.
2 - Coven
A coleção inspirada em andarilhos do Himalaia conta com arabescos e listras pradistas (inspirada na coleção da Prada) , o babadinho jil-sanderista (inspirada em Jil Sander) , muito top deixando a barriga de fora com saia ou calça de cintura alta, o padrão de borboletas e o crash de jacquard. Especialista em misturar dourado com prateado muito bem, a Coven apresenta looks prontos para irmos paras festas modernas.
3 - Herchcovitch
A coleção tem detalhes como os recortes de lingerie na blusa, macacões com lacinho no fim do decote profundo, saias de crochê em pontos bem abertos, bolsa de acrílico em formato de câmera fotográfica, óculos em parceria com a Chilli Beans, redondinho pra ele e gatinho futurista pra ela.
4 - Têca
A Têca trouxe ao Fashion Rio mistura de elementos africanos (animais selvagens em padronagens na estampa, amarrações e lenços, cores vivas) e urbanos (símbolos como o passarinho do Twitter e o “curtir” do Face, paletozinhos, bustiê, sapato com plataforma pesadona). A estampa meio neopsicodélica de cobra pixelada-riscada resume tudo: se refere à elemento da natureza mas ao mesmo tempo lembra as conexões que as redes sociais fazem de forma gráfica. Veio coloridona, chamativa, bem-humorada.
5 - Blue Man
A expectativa era grande para a coleção que marcava a entrada de Sharon Azulay que, aos 19 anos, assumiu a direção geral da marca ao lado do primo Thomaz, de 25, após a morte de David Azulay, mas o que fez a sala de desfile virar um aglomerado fashionista foi também a presença de Lea T. no casting de modelos.
O tema da coleção o manifesto Terra Brasilis, feito por David Azulay nos anos 70 com o objetivo de fazer beachwear olhando para dentro do Brasil. Biquínis e maiôs feitos de jeans com lavagens mil, tie dye, estampas tropicais megacoloridas, com aplicação de canutilhos, recortes, torções e amarrações diversas, entre modelagens que faziam um mix do tradicional (como o microbiquíni, com top de triângulo e calcinha com laço nas laterais para elas, e a sunga listrada para eles) com o que foi resgatado para ter um novo significado (como o maiô com corte tipo asa delta e os boardshorts encurtados, com comprimento acima do joelho).
Lea T.
E viva a moda brasileira !!!
Beijos, Andréa.
Textos baseados nas opiniões de Jorge Wakabara e Antonia Petta para o site http://msn.lilianpacce.com.br/